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  Com o uso continuado das redes sociais é preciso reaprender a viver a vida sem a partilhar com os outros que não somos nós nem os nossos.
  Tenho ido demasiadas vezes ao shopping, mais do que gostaria, entre aniversários em Dezembro e compras para o Natal. O Natal, festejo do aniversário de quem viveu com humildade e espalhou a voz do amor, transformou-se em consumismo. Amor, compaixão e união, tão belo, tão teórico. O que se vê, ou o que vejo, é competição, inveja e consumismo ao longo do ano. O que mais me tem espantado nestas idas aos shoppings é ver turmas de crianças pequenas a passear-se aos pares, de mãos dadas, anjos a serem formatados por esta sociedade de consumo. Não consigo entender estas “visitas de estudo” aos centros comerciais, já bastam as vezes em que têm de lá ir com a própria família. A escola é um local de elevação, de aprendizagem, ou então deveria ser.   Ana Gil Campos
  Depois de terem perguntado a Marcelo Rebelo de Sousa se terá saudades da vida de Presidente, respondeu que nenhuma: «Nenhuma, neste sentido, a minha vida foi sempre assim: tenho uma vida enquanto tenho essa vida, terminada essa fase começa uma outra fase completamente diferente.” Fica o exemplo para quem quiser. O saudosismo ou os remorsos prendem, criam barreiras psicológicas, não nos deixam avançar inteiros.
  Como saber se os chocolates estão a ser escolhidos um a um em casa: os chocolates a sério, aqueles que têm 70% de cacau ou mais, começam a acumular-se no fim.
  O último mês do ano deveria ser abrigo do próprio pensamento, ter espaço para refletir nos meses que passaram e nos que se avizinham como novos. No entanto, todos colocam objetivos em demasia aos outros, ou a si próprios, como um sprint de uma corrida.
  O frio de neve pede para que não se ande na rua. Imagino aqueles que fazem dela o seu trabalho ou a sua casa.
  No sábado, uma pessoa disse-me, «assim que chegar a casa, ligarei a lareira, será a primeira vez este ano, e, depois, com uma manta por cima, começarei a ler teu livro». Achei bonito.