Greve no ensino

 

Segunda sexta-feira sem aulas desde que começou o ano letivo para o meu filho. Segunda oportunidade de um belo dia passado com ele, especialmente hoje por coincidir com o aniversário do seu avô Carlos. Foi um acaso perfeito.

Respeito o direito à greve, é um direito que se cumpre e tudo bem. Contudo, como mãe de uma criança na idade do primeiro ciclo e tendo o meu filho a sorte de ter com quem ficar, para além do apoio no estudo que traz para casa, pergunto pelas outras crianças que não têm esta rede, cujos pais têm poucos estudos ou fraca vontade, o que é feito delas? O que será delas? Na revolta contra o sistema existente criam-se outros problemas na sociedade. Os mais frágeis continuam a ser os prejudicados. Entendo as greves — não consigo entender que se façam às sextas-feiras, apesar da justificação óbvia e que lhes retira dignidade —, mas não haverá outro meio mais eficaz para se atingirem os objetivos ambicionados e que seja ao mesmo tempo justo para as crianças?


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