Quietude
Hoje, venho fazer apenas um
elogio ao silêncio, ao simples, ao pouco, ao estar. Poucas pessoas, poucos
estímulos, poucas coisas, só estarmos. Querer ter muitos amigos é ilusão e
engano, muitos objetos é poluição visual e tralha para arrumar ou limpar,
muitos compromissos é desassossego e consumo do corpo e da alma. A sexta-feira
lembra-me disto, de abrandar, de ouvir o próprio espírito, de sentir quem
importa, de estar entre aquilo que importa. Sossego, silêncio, os sentidos
apurados pelo nada.
Ana Gil Campos
(Próximo texto dia 7 de junho.)
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