Chuva
O meu escritório foi construído
lá fora, num anexo no fundo do terreno. Aguardo, na sala, que a chuva se torne
mansa, agora apertam-se gotas contra gotas sopradas desenfreadamente pelo vento
num canto de soprano. A chuva parece infinita sobre o relvado, sobre o
trampolim ainda por recolher. Chega uma onda maior e bate nos vidros em espículos
precisos. Ficarei por aqui, na minha cadeira de leitura, à espera para voltar
às minhas personagens que se vão erguendo pelas folhas de papel.
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